Revista da ASBRAP n.º 5 57
UM ANTIGO HABITANTE DA REGIÃO DE CABO VERDE (MINAS GERAIS): FRUTUOSO MACHADO TAVARES E SILVA
Maria Celina Exner Godoy Isoldi
INTRODUÇÃO
Aos 12-ABR-1776, Frutuoso Machado Tavares e Silva já se encontrava na Freguesia ou Distrito do Arraial de Cabo Verde, Bispado de São Paulo , segundo se depreende dum requerimento de justificação do seu batismo, arquivado na Cúria Metropolitana de São Paulo, no qual serviram de testemunhas o Guarda Mor Francisco José Machado, irmão legítimo do justificante, e Manuel Marques de Miranda. Declarou nesse documento que foi batizado em Santo Amaro em ...-JUL-1736.
Frutuoso Machado Tavares e Silva era filho do Capitão José Tavares da Silva com Francisca Machado de Vasconcelos e sua ascendência foi tratada não só pelo linhagista Luiz Gonzaga da Silva Leme, na obra “Genealogia Paulistana”, mas também pelo historiador Carlos da Silveira, nas “Notas sobre uns Cunhas do São Paulo Seiscentista” e pelo genealogista Helvécio de Vasconcelos Castro Coelho, no “Título 'Fagundes' da Ilha Terceira”. Ele era irmão do Padre Agostinho Machado Fagundes e Silva, que já se encontrava em Cabo Verde desde 1762.
Custódia de Araújo Paes era filha do Capitão Lourenço Castanho de Araújo com sua segunda mulher Maria de Almeida de Siqueira. Não foi localizado o assento de seu casamento com Frutuoso Machado Tavares e Silva, mas sua filiação pode ser comprovada pelo batismo do seu filho Joaquim Machado de Araújo Paes.
1-1- FRUTUOSO MACHADO TAVARES E SILVA, natural da Freguesia de Santo Amaro, São Paulo, onde foi batizado em ...- JUL-1736, pelo Cônego Antônio Muniz Barreto, tendo como padrinhos o Cônego Manuel de Pinho Cândido, por procuração que apresentou o Capitão Bartolomeu Paes de Abreu, e sua tia Mariana de Vasconcelos, segundo consta da justificação de batismo que requereu, arquivada na Cúria Metropolitana de São Paulo. Já era falecido em 1787.
Casou em São Paulo com CUSTÓDIA DE ARAÚJO PAES, nascida na Freguesia de Juqueri, por volta de 1738. Eles foram moradores em Guaratinguetá. Frutuoso Machado Tavares e Silva vem mencionado, juntamente com outros moradores do descoberto do Rio Pardo, numa carta de 22-AGO-1772 enviada ao Guarda Mor Francisco Machado de Vasconcelos. No ano de 1775, Custódia de Araújo Paes residia na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Bom Suceso do Rio Pardo (atual Caconde).
Deixaram a seguinte descendência:
2-6- ANA CUSTÓDIA DE ARAÚJO, natural de Cabo Verde, onde foi batizada aos 29-JUL-1777. Casou-se, primeiro, com ANASTÁCIO JOSÉ DE OLIVEIRA, nascido em Cotia, filho de Rodrigo Fagundes Varela, natural do Rio de Janeiro, e de Ana Francisca de Oliveira, nascida em Cotia. Pela segunda vez, foi casada com FRANCISCO JOSÉ FERRAZ. Teve geração de ambos.
Anastácio José de Oliveira casou-se, pela primeira vez, com Cecília Francisca Rodrigues. Foi um dos povoadores do alto Rio Pardo, no Planalto da Pedra Branca. Teve fazenda na serra que margeia o Rio Cervo, em Santana, próxima a povoação de São José do Congonhal. “Quando fazia a casa nova da fazenda, montou, com uma espingarda, armadilha para a onça que lhe vinha depredando o rebanho. Certa noite o felino puxou a isca ligada ao gatilho e a arma detonou. Anastácio, afoito, armado de faca, correu à armadilha. De fato, a onça fora alcançada porém nas pernas apenas. „A fera que era grande‟ com surpresa do fazendeiro estava viva. Sendo atacado e mordido, com o couro cabeludo dilacerado e transfixado, não obstante, na luta, matou à faca o felino. Gravemente machucado, mandou chamar um „curador de Caldas‟ que lhe prescreveu salmoura no ferimento. A terapêutica, acarretando dor violenta, não conseguiu debelar a infeção e ele morreu dias depois”.
O óbito de Anastácio José de Oliveira foi registrado em Santana do Sapucaí, pelo Vigário Antônio Lopes Chaves, aos 10-FEV-1813, época em que contava 50 anos de idade. Faleceu sem receber os sacramentos e foi sepultado no corpo da igreja.
No inventário dos bens deixados por Ana Custódia de Araújo, processado em Caldas e autuado a 4-MAR-1845, verifica-se que faleceu no dia 9-SET-1844. O inventariante foi seu segundo marido Francisco José Ferraz. O monte mor foi avaliado em 29:273$024.
Deste inventário constam terras da fazenda onde moravam, denominada “O Machado”, situada no Termo da Vila de Caldas Minas, Comarca do Rio Sapucaí, avaliadas por 4:672$000, com morada de casas, por 120$000; sítio que houve por compra da viúva e herdeiros do finado João da Costa, de José Francisco de Oliveira e de Maria Bárbara, viúva de Antônio José de Oliveira, avaliado por 400$000; uma casa de morada no valor de 200$000, no Município de Pouso Alegre; parte nas fazendas São Domingos e São Pedro, ambas em Pouso Alegre, por 360$000; mais terras compradas na mesma Fazenda São Pedro, em sociedade com os herdeiros de José Moreira da Mota, avaliadas por 1:000$000.
Pertenciam, ainda, à finada Ana Custódia de Araújo: 42 alqueires da Fazenda da Conceição, situada na Freguesia de Caconde, que, ao todo, media 420 alqueires, sendo 40 alqueires de “cultura boa”, avaliados por 400$000, e 2 alqueires de “terras inferiores”, avaliados por 8$000. Na Freguesia de Cabo Verde tinha os seguintes bens: uma parte de 318 alqueires e ¾, da Fazenda do Muzambo que, no total, tinha 2550 alqueires, sendo 212 alqueires e ¾, de “cultura boa”, avaliados por 2:127$500, e 106 alqueires de “inferiores”, por 424$000; uma quarta parte em 400 alqueires à beira do Muzambo, sendo 67 alqueires de “cul- tura boa”, avaliados em 670$000, e 33 alqueires de “terras inferiores”, por 132$000; uma quarta parte em 150 alqueires, localizados “Da Cachoeira para sima a vertente da Lavra”, avaliada em 303$000; décima parte de 1200 alqueires da Fazenda do Engenho, avaliada em 1:080$000; e 5 datas em terras minerais da Lavra, na paragem deno- minada “Caxoeira”, por 80$000.
Foram arrolados, também, “Trinta e sete oitavas e quarto de oiro em hum Rozario, hum Cordam, hum Ca ixilho, e duas (ilegível), avaliados a quatro mil reis a oitava”; “trinta e duas oitavas de prata Velha a duzentos a oitava”; “taixos”, “Enxadas”, machados, argolas, ganchos, “Tezoura”, chaleiras, chocolateira, “bandejas”, “Ferro de Engomar”, balança e outros artefatos em ferro, cobre e estanho. “Trastes de Louça, Roupas e mais Trastes de caza”, como: 6 copos de cristal, avaliados em 4$800; “Dous ditos inferiores”, a $800; 8 “Calis de Vidro”, por $280; “Toda a Louça da Serventia”, por 15$580; 2 “farinheiros” a $500 cada; 22 garrafas, por 1$760; “Hum Thear com Seos Aparelhos”, a 6$000; “Huma meza”, por 2$400; “Hum par de Canastras com Faixas aloiradas”, por 8$000; par de caixas, a 4$500; 12 lenços usados, avaliados em 3$840; “Tres ditos de seda uzados”, a 3$840; mais 3 lenços a 6$000; “Hum Chalis fino de Lam”, por 2$000; “Quatro paris de Mejas”, por 1$280; “Huma Cama aparelhada com cobertor”, por 10$000; “Uma colxa de gazimira”, por 3$000; uma toalha de mesa, bordada, avaliada em 5$000, 6 meias de (seda ?), por 18$000. Entre os an imais havia: 35 vacas “paridas”, avaliadas em 100$000; 42 vacas “falhadas”, por 672$000; 20 novilhas de 2 anos, por 240$000; 20 novilhas de 3 anos, por 280$000; 30 garrotes de 2 anos, avaliados por 360$000; 14 bois de 3 anos, por 196$000; 11 bois carreiros, a 220$000; 19 bezerros de 1 ano, a 8$000 cada um; 1 cavalo baio, por 14$000; 11 éguas, sendo 1 com filho e 2 com cria de burro; 7 potros; 4 bestas; 9 burros; 1 jumento, por 150$000; 2 jumentas, sendo 1 “parida”, por 50$000, e outra por 25$000; 30 “Porcos de Terreiro”, a 1$500 cada um. Constata-se, ainda, “huma Rossa de Milho de dous alqueires”, avaliada em 24$000; 14 escravos, avaliados em 5:615$000; além de dívidas ativas e passivas.
Ana Custódia de Araújo e seu primeiro marido Anastácio José de Oliveira tiveram:
3-1- FRANCISCA DE OLIVEIRA MACHADO nasceu no dia 18-FEV-1798, foi batizada em Cabo Verde, aos 27-FEV-1798, sendo seus padrinhos: José Joaquim Machado, solteiro, e sua avó Custódia de Araújo. Desse assento de batismo constam os nomes e as naturalidades de seus quatro avós. Foi casada com PEDRO DE ALCÂNTARA MAGALHÃES, fundador de Muzambinho, filho do Guarda Mor José Joaquim Nogueira de Magalhães e Ana Moreira de Carvalho, com descendência.
FAMÍLIA MAGALHÃES
Muitos de seus membros participaram da fundação e formação do povoado de São José da Boa Vista, que deu origem a Muzambinho, em Minas Gerais.
No Brasil, o tronco dessa família foi o Guarda Mor José Joaquim Nogueira de Magalhães e sua mulher Ana Moreira de Carvalho, cuja descendência é adiante transcrita.
1-1- GUARDA MOR JOSÉ JOAQUIM NOGUEIRA DE MAGALHÃES, português, natural da Freguesia de Santo André de Vila Boa de Quires, Comarca de Penafiel, Bispado do Porto, Portugal, era filho de João Nogueira de Magalhães e de Rosa Maria Luísa, neto paterno de Manuel Nogueira de Magalhães com Engrácia Ribeira, todos naturais da mesma localidade, e neto materno de Manuel Ribeiro, português, da Freguesia da Buela, e de Ana Teixeira, da Freguesia de Quires. Casou-se com ANA MOREIRA DE CARVALHO (ver nº. 4-1, de 3-6, de 2-1, da FAMÍLIA MENDONÇA COELHO, retro), no dia 29-NOV1797, na fazenda de seu sogro Antônio Soares Coelho, em Jacuí. Tiveram a seguinte descendência:
2-1- PEDRO DE ALCÂNTARA MAGALHÃES faleceu de “defluxo asmatico”, aos 78 anos de idade, no dia 18-FEV-1877, em Muzambinho. Seu corpo, envolto em hábito preto, encomendado pelo Vigário Antônio Camilo Esau dos Santos, veio a ser enterrado dentro da matriz da referida freguesia. Figura, em 1831, no censo de Cabo Verde, com 7 escravos. Foi casado com FRANCISCA DE OLIVEIRA MACHADO, filha de Anastácio José de Oliveira e Ana Custódia de Araújo (nº. 3-1, de 2-6, da descendência do Capitão Frutuoso Machado Tavares e Silva).
Em 1857, Pedro de Alcântara Magalhães ergueu uma capela no povoado de São José da Boa Vista, que deu origem a atual Muzambinho, do qual participou da fundação em 1852 e onde exerceu o cargo de delegado.
O casal foi proprietário de metade das terras na sociedade da Fazenda São Pedro, parte da Fazenda do Muzambo e terras minerais na paragem denominada Cachoeira, havidas por falecimento de Ana Custódia de Araújo, mãe de Francisca de Oliveira Machado.
Num processo de divisão de bens existente em Cabo Verde, iniciado em 19-OUT-1869, requerido por Pedro de Alcântara Magalhães e sua mulher Francisca de Oliveira Machado, que desejavam favorecer os filhos, constata-se que possuíam uma fazenda denominada Campestre, situada no Ribeirão do Muzambinho, na Freguesia de São José da Boa Vista, Termo da Vila de Cabo Verde, Comarca do Rio Grande, Província de Minas Gerais, com moinho avaliado em 100$000, mais morada de casas, paiol, rego d’água, monjolo, arvoredos, pastos cercas, valos, avaliados por 900$000; uma parte de terras na Fazenda da Conceição, que receberam de seu sogro e pai Anastácio José de Oliveira, avaliada em 120$000; a metade da Fazenda do Muzambinho, em sociedade com os Alves, no valor de 500$000; sete alqueires e meio de terras anexas ao patrimônio de São José da Boa Vista, com valos em número de 128 braças, por 269$920; uma fazenda contendo as águas do Muzambinho e Ribeirão do Belém, no valor de 21:229$000; e parte de uma casa na Freguesia de São José da Boa Vista, por 160$000; e uma parte de casa na mesma localidade, doada a Francisco Teodoro Soares, por 350$000. Foram declarados, ainda, nos referidos autos, bens móveis em prata, cobre e ferro; semoventes e 8 escravos.
O inventário dos bens deixados por Pedro de Alcântara Magalhães foi autuado a 8-OUT-1877, na Vila de Cabo Verde, Comarca de Jacuí, Província de Minas Gerais, onde foi processado. A inventariante foi a viúva Francisca de Oliveira Machado. As terras da Fazenda Campestre foram avaliadas por 3:085$000, com casa de morada no valor de 250$000, moinho por 50$000, paiol e monjolo em 250$000. Foram inventariadas, ainda, terras na Lage no valor de 400$000 e terras nos Alves por 410$000, além de casa no arraial por 350$000 e terreno anexo, com 105 palmos de frente, por 105$000.
2-3- CLAUDINA MOREIRA DE MAGALHÃES, natural de Jacuí, veio a falecer, sem testamento, com 16 anos, de moléstia interna, no Bairro de São Bartolomeu, em Cabo Verde, a 9-0UT-1820. Casou-se com FRANCISCO BUENO DE AZEVEDO, que era, provavelmente, filho de Antônio Bueno de Azevedo com a segunda mulher Ana Xavier de Arruda. Foram moradores no Bairro de São Bartolomeu, em Cabo Verde.
O inventário de Claudina Moreira de Magalhães foi autuado no dia 27-NOV-1821, em Caldas. Nele foram arrolados os seguintes bens: a fazenda denominada São Bartolomeu, com todas as benfeitorias, por 1:400$000; um pedaço de terras no arraial para se fazer umas roças, por 9$000; gado; 8 oitavas e 3 quartas de ouro velho; 40 oitavas de prata velha; 3 escravos, sendo o monte mor avaliado por 2:154$005.
Francisco Bueno de Azevedo faleceu em 12-OUT-1838 e seu inventário, autuado no dia 19-OUT-1838, encontra-se em Cabo Verde. A inventariante foi sua segunda mulher Joana Nepomucena da Natividade, com quem teve: Maria Cândida, com 8 anos de idade; Antônio, com 7 anos; e Manuel, com 3 anos. O tutor desses órfãos foi o Capitão Luís Teodoro Soares.
Claudina Moreira de Magalhães e Francisco Bueno de Azevedo tiveram o único filho:
3-1- TENENTE FRANCISCO ANTÔNIO BUENO AZEVEDO ou, apenas, FRANCISCO ANTÔNIO BUENO, nascido por volta de 1819. Figura como casado no inventário de seu pai em 1838. Com sua mulher MARIA RITA DE JESUS, teve os seguintes filhos:
4-1 – JOSÉ ANTÔNIO BUENO (1838–1904), batizado em Cabo Verde, casou-se com sua parente ALBINA ROSA DA LUZ, filha de José Tristão de Carvalho e Francisca Moreira Machado (ver nº. 4-1, de 3-4, de 2-5, da descendência do Capitão Frutuoso Machado Tavares e Silva).
4-2 – – Francisco Bueno de Azeredo (1840–1923) e Anacleta Marianna de Souza (27/3/1847–27/1/1918)
4-3 – CÂNDIDO JOSÉ BUENO (1842–3-JUN-1906), natural de Muzambinho, batizado em Cabo Verde. Casou-se na sua terra natal, no dia 26-JUL-1864, com MARIA FRANCISCA DE JESUS, filha de Francisco Alves de Araújo e de Ana Ferreira de Jesus, neta paterna de Antônio Alves de Araújo e Joaquina Rosa da Silva. Foram testemunhas do casamento: Silvério Alves de Araújo, Cândida Carolina de Magalhães, Gabriel Antônio Ribeiro Borges e Ana Joaquina de Oliveira. Cândido José Bueno faleceu em sua residência, na Fazenda São Domingos, em Muzambinho, no dia 3-JUN-1906, com 64 anos de idade, deixando 7 filhos:
5-1- MARIA CÂNDIDA DE JESUS, nascida no dia 6-OUT-1865 e batizada em Muzambinho, a 1-NOV-1865. Veio a se casar com seu tio ANTÔNIO JOSÉ BUENO (nº. 4-4 adiante), sendo que, aos 22-OUT-1880, os nubentes, residentes em São José da Boa Vista (atual Muzambinho), pediram dispensa matrimonial junto ao Juízo Eclesiástico da Comarca de Cabo Verde, por haver impedimento de 2º grau misto ao 1º.
5-2- ANA DEOLINDA DE JESUS, foi casada com seu tio ANANIAS BUENO DE AZEVEDO (nº. 4-10, de 3-1 adiante).
5-3- FRANCISCO CÂNDIDO BUENO tinha 24 anos quando se casou, em Muzambinho, no dia 2-SET-1895, com PRESCILIANA JUSTINA DE JESUS, de 21 anos, filha de José Antônio Silva Matias e de Maria Justina Jesus. Havia impedimento de 2º grau igual na linha lateral. As testemunhas do ato nupcial foram Francisco Pinto de Aguiar e Antônio Bueno de Azevedo. Ele veio a felecer, em Muzambinho, com 38 anos, aos 23-NOV-1909, deixando 2 filhos menores:
6-1- LEVINDA.
6-2- JOSEFINA.
5-4- JOSÉ CÂNDIDO BUENO que, com 25 anos, veio a se casar, em Muzambinho, no dia 14-NOV-1898, com VENÂNCIA MARIA DA CONCEIÇÃO, com 21 anos de idade, filha de Francisco Antônio de Pisa e Maria do Carmo de Araújo. Ambos eram naturais e moradores em Muzambinho e havia impedimento de 3º grau igual por consangüinidade na linha lateral. As testemunhas foram: Azarias Alves de Araújo e Francisco Alves Bueno.
5-5- GABRIELA ALVINA DE JESUS casou-se em Muzambinho, no dia 13-NOV-1898, com FRANCISCO ALVES DA SILVA, filho de Antônio Alves da Silva e de Maria do Carmo de Jesus (nº. 4-3, de 3-4, de 2-5 da descendência de Frutuoso Machado Tavares e Silva). Havia impedimento de 4º grau misto ao 3º na linha lateral desigual.
5-6- AMÉRICA ALVINA DE JESUS, que se casou em Muzambinho, no dia 14-NOV-1896, com JOÃO BATISTA DA SILVA, irmão de Francisco Alves da Silva supra citado.
5-7- BALBINA ALVINA DE JESUS casou-se em Muzambinho, no dia 14-NOV-1898, com ARISTÓTELES BUENO DOS REIS, filho de Manuel Joaquim Bueno com Maria Joaquina das Dores. Havia impedimento de 2º grau igual.
4-4 – JOAQUIM ANTÔNIO BUENO (1844–13/10/1901), natural de Muzambinho, batizado em Cabo Verde, veio a se casar em sua terra natal, no dia 21-OUT-1865, com FRANCISCA MARIA DE JESUS, filha de Matias Américo da Silva e Ana Joaquina de Jesus. Foram testemunhas: Francisco Antônio Bueno, Francisco Bueno de Azevedo, Maria Justina de Jesus e Anacleta Mariana de Sousa.
4-5 – MARIA JUSTINA DE JESUS (9/1/1846–31/5/1914), natural de Cabo Verde, casou-se no dia 2-FEV-1863, em Muzambinho, com JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA MATIAS, natural de Campestre, filho de Matias Américo da Silva com Ana Joaquina de Jesus.
4-6 – MANUEL JOAQUIM BUENO (1847–1920) faleceu em 2- JUL-1920, no Bairro de São Domingos, em Muzambinho, com 73 anos de idade. Foi casado 4 vezes: primeiro com ANA AMÉLIA DE JESUS, depois com MARIA DAS DORES, pela terceira vez com HELENA MARIA DE JESUS e, pela última vez, com HONÓRIA GOMES DO PRADO. Dos dois últimos consórcios não deixou geração, mas teve uma filha do primeiro e quatro filhos do segundo, que são, respectivamente:
5-1- PRESCILIANA.
5-2- ARISTÓTELES.
5-3- JOSÉ.
5-4- MARIA.
5-5- HENRIQUETA.
4-7 – JOÃO CÂNDIDO BUENO (1848–1909), casado com MARIA com CÂNDIDA MARQUES, filha de Joaquim José Marques e Graciana Maria de São José.
4-8 – ANTÔNIO JOSÉ BUENO (1853–1909), batizado em Cabo Verde, aproximadamente em 1853, foi casado com sua sobrinha MARIA CÂNDIDA DE JESUS (nº. 5-1, retro).
4-9 – ANANIAS BUENO DE AZEREDO (1854–13/12/1944) veio a se casar em Muzambinho, no dia 2-JUL-1883, com sua sobrinha ANA DEOLINDA DE JESUS (11/5/1867–1944), filha de Cândido José Bueno e de Maria Francisca de Jesus (nº. 5-2, de 4-1 retro). Havia impedimento de 2º grau misto ao 1º.
4-10 – MARIA DO CARMO BUENO (1856–1880) casou-se em Muzambinho, a 2-SET-1873, com JOSÉ AMÂNCIO DE LIMA, filho de Francisco de Paula Ferreira e Francisca de Paula Lima.
4-11 – VENÂNCIA CÂNDIDA BUENO (1856–1889) casou-se aos 28-JUN-1870, em Muzambinho, com JOÃO PROCÓPIO DE LIMA, filho de João Ferreira de Araújo e de Ana Hipólita de Lima.
4-12 – PRESCILIANA BUENO (1859–1931) casou-se em Muzambinho, no dia 5-MAI-1874, com DOMICIANO ALVES FERREIRA, filho de Francisco Alves de Araújo e Ana Ferreira de Jesus.
EXNER GODOY ISOLDI, Maria Celina. Um Antigo Habitante da Região de Cabo Verde (Minas Gerais): Frutuoso Machado Tavares E Silva texto completo